Depois de incursões pelo reggae e pelo rap, o músico que nasceu no Senegal, filho de mãe cabo-verdiana e pai guineense, junta na sua música influência dos muitos lugares por onde passou e viveu.
O disco, que surge quase quatro anos depois do primeiro álbum. "Saltana", foi parcialmente apresentado em dezembro, num concerto na cidade da Praia, e desde então foram lançados, nas plataformas musicais online, os singles "Nha Balanta" e "Kal Koldadi".
"Kal Koldadi" é inspirado na poesia "Koldadi di Amanhã Maria", da autoria do pai, o falecido poeta e músico guineense José Carlos Schwarz, em que este aborda a exploração sexual das mulheres.
Em entrevista à agência Lusa, Remna Schwarz adiantou que este segundo trabalho segue a "sua linha artística não comercial", misturando ritmos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mali, e juntando "alguns músicos de cantos diferentes, como Argentina, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Portugal".
As cantoras guineenses Karyna Gomes e Eneida Marta são as convidadas especiais deste trabalho, que conta também com a colaboração e de Manecas Costa, um dos "grandes músicos" da Guiné-Bissau, país que tem um papel central no disco do músico.
"No primeiro disco estava muito focado na música, mas neste há muito mais canções, que falam de diversos temas. Basicamente está lá o essencial, que é a linha melódica, a canção, o texto", disse.
O músico, que se afirma hoje mais consciente, acredita que este é um "disco mais refletido" sobretudo as letras.
Gravado entre Cabo Verde e Portugal, o disco está pronto a ser lançado, mas por agora o músico vai experimentando a reação do público com a presença nas plataformas de música digitais.