Teatro da Trindade – Fundação INATEL, Teatro Constantino Nery – CM de Matosinhos, CM de Viana do Castelo
À espera de Beckett ou quaquaquaqua
Teatro
Sexta-Feira, 6
21:30, Avanteatro
Esta peça é antes de mais uma homenagem a Ribeirinho, cuja obra foi e continua a ser um exemplo de talento e dedicação, através da reedição de uma das suas características principais: a aliança entre o lado popular e o lado erudito do teatro. Para isso, recriamos três episódios específicos da carreira do ator e encenador: as três montagens de À Espera de Godot (1952), de Beckett. Esta homenagem e esta reflexão têm a forma de uma situação concreta: quatro atores tentam ensaiar uma peça de Beckett, na esperança que o autor venha assistir ao ensaio, em dois momentos particulares da história de Portugal, a seguir às eleições de 1958 e a seguir à morte de Salazar. O terceiro momento, um epílogo africano, será já com o país à beira da revolução. A primeira montagem da tradução de Nogueira Santos estreou em abril de 1959 em Lisboa, no Trindade, e apresentou-se no mês seguinte em Évora, Coimbra, Porto (no S. João) e Viana do Castelo. Dez anos depois, em março de 1969, de novo no Trindade, Ribeirinho volta a tentar e a falhar melhor, diria o autor irlandês, a montagem de Godot. Em 1973, Ribeirinho faz a derradeira tentativa, com uma companhia itinerante, apresenta a peça em Angola a colonos e militares.
FICHA TÉCNICA
texto e encenação Jorge Louraço Figueira | direção de arte Patrícia Mota | desenho de luz José Neves | som Pedro Pires Cabral | produção delegada Antunes Fidalgo Unipessoal | produção executiva Amarílis Felizes | interpretação Estêvão Antunes Mário Moutinho Óscar Silva Pedro Diogo | coprodução Teatro da Trindade – Fundação INATEL, Teatro Constantino Nery – Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal de Viana do Castelo