M/12 | 70'
CARTAS é a recordação efémera de um homem e uma mulher, na correspondência trocada entre eles.
Parte-se, num processo simultâneo de criação e de memória, das cartas que Amílcar Cabral e Maria Helena, sua primeira mulher, trocaram - inevitavelmente fragmenta-se o espaço, a voz e a caligrafia.
O espólio, que serve de base a esta criação, refere-se às cartas que Maria Helena escreveu a Amílcar Cabral entre 1946 e 1960. Muitas perderam-se nas viagens, na fuga, na luta e no esquecimento. O que surge em cena são as lacunas, os espaços entre o desfoque e a nitidez, o movimento da memória em direção ao corpo.
Ela escreve-lhe: “Eu tinha saudades de uma carta. Eu tenho saudades suas, acabou-se a tinta da caneta e aqui só há desta cor”.
Direção Artística: João Branco e Cátia Terrinca | Criação: coletiva | Dramaturgia: Celeste Fortes e Sofia Berberan | Interpretação: Cátia Terrinca | Cenografia e Figurinos: Ricardo Guerreiro Campos | Confeção de Figurinos: Joana Leal | Desenho de luz: João P. Nunes | Sonoplastia: Mariana Bragada / Meta | Vídeo: Ângelo Lopes | Fotografia: Sofia Berberan | Produção: Márcia Conceição e Sofia Berberan | Apoios: DGArtes, Oficina de Utopias, Rádio Elvas e Raiz di Polon | Uma produção UMCOLETIVO, com GTCCPM – Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindeloz