Apresentação do livro "A Mãe" de Máximo Gorki
por José António Gomes, Ana Pires e Teresa Gafeira
Sobre o Livro
«É um livro necessário. Muitos operários participam no movimento revolucionário de um modo não consciente, espontâneo, e ler A Mãe ser-lhes-á de grande proveito. É um livro muito oportuno.» Foram estas as palavras que Lénine usou para descrever esta obra-prima da literatura mundial da autoria de Maksim Gorki, escrita em 1907.
Baseado em factos reais, em torno da preparação das manifestações do 1.º de Maio de 1902 ocorridas na povoação industrial de Sornovo, este livro põe a nu a crueldade do patronato e da polícia russa que se abateram sobre uma família de operários que despertava para a acção revolucionária. Particularmente, uma mulher que, ao ver o filho a ler e a lutar, ganha ela própria consciência e toma o seu lugar na fila da frente do combate.
Maksim Gorki é o pseudónimo de Aleksei Peshkov, que nasceu na Rússia em 1868. Tendo ficado órfão com apenas 10 anos, viu-se desde tenra idade a trabalhar em várias profissões para poder sobreviver. Através do convívio com outros trabalhadores chegou ao contacto com os livros e, também através deles, à luta revolucionária. Participou em movimentações contra o tsarismo na Rússia e toma parte na Revolução de 1905, tendo sido preso e exilado. Depois da Revolução de Outubro de 1917 foi uma figura destacada da cultura soviética.
Nos 150 anos do seu nascimento, a edição de A Mãe é uma homenagem a um autor de dimensão universal.