Foi assim
Contra o racismo e o preconceito sobre os ciganos
Pelos concursos que as televisões multiplicam (neste caso o The Voice, da RTP), têm passado muitos talentos jovens que ali tentam dar os seus primeiros passos como profissionais, mas que, depois, acabam por desaparecer. Rúben Torres, que se destacou na edição deste ano com interpretações de fado com um «toque» de sentimento cigano, não deveria ser um desses casos, tais são as qualidades musicais que exibiu e o potencial artístico que elas abrem – e essa foi a razão do convite da Festa do Avante! para ele actuar na edição deste ano. Numa entrevista à revista digital NiT, em Dezembro passado, ele revelou que foi ao programa com esta ideia: «A mensagem que quero passar ao mundo é de parar com o racismo e o preconceito. Somos todos iguais. É mais importante que nunca. Estamos no século XXI e isso tem que acabar». Este cigano, que já viveu no Brasil, revela que o seu género musical favorito é o flamenco e as suas referências musicais vêm de Espanha: a cantora Niña Pastori e o guitarrista e cantautor cigano Parrita.