Os pavilhões das organizações regionais e dos sectores do PCP são espaços privilegiados da Festa do Avante!, que cativam os visitantes com a gastronomia, a cultura, as tradições e as lutas das suas populações, que todos os anos transportam para a Festa.

Estes espaços são um retrato fiel do País que trabalha e luta por um futuro de progresso e justiça social e ponto de encontro obrigatório de milhares de visitantes da Festa, que ali tomam as suas refeições, convivem, divertem-se e descansam…

No espaço dos Açores estarão em destaque os 40 anos da Constituição da República Portuguesa e da Autonomia Regional que ela consagra, ao mesmo tempo que as eleições regionais de Outubro terão o óbvio e merecido realce. Num espaço marcado pelos ricos sabores do arquipélago, a intervenção, acção e propostas do PCP na região e as lutas dos trabalhadores e das populações terão igualmente expressão.

As quatro organizações do Alentejo (Beja, Évora, Portalegre e Litoral) estarão uma vez mais juntas num mesmo espaço, onde se realça a presença da região nos 40 anos da Festa, o Avante! e a luta do povo alentejano. A passagem de 105 anos sobre o nascimento de Manuel da Fonseca e os 45 anos de carreira de Luísa Basto marcarão a programação do Palco Alentejo, a par da realização de um momento de solidariedade com o povo da Colômbia, um debate e uma forte componente de Cante Alentejano.

As portagens na Via do Infante, a exploração no sector da hotelaria, as demolições e a expulsão das populações da Ria Formosa e a destruição do Serviço Nacional de Saúde serão alguns dos temas abordados no espaço do Algarve, onde serão também divulgadas as iniciativas e propostas do PCP para a região. A doçaria e o marisco também marcam presença.

Tradições de um povo

O espaço da Organização Regional de Aveiro, este ano situado junto ao palco 25 de Abril e com mais área coberta, proporciona maior comodidade ao visitante da Festa e convida-o a degustar os pratos típicos da região e a sua famosa doçaria. O visitante da Festa encontra, neste espaço, uma exposição alusiva à campanha nacional «Mais Direitos, Mais Futuro – Não à Precariedade», que teve grande expressão no distrito, e às propostas apresentadas pelo PCP.

Braga é um dos espaços que estará situado na Quinta do Cabo, promete muita animação, cor e luz, a melhor gastronomia da região e o artesanato feito pelas mãos de homens e mulheres do Minho, que é referência nacional. Ali virá a Festa do Avante! o mais genuíno e tradicional espírito dos arraiais minhotos, com os tradicionais arcos de festa a ornamentar o espaço de Braga. A exposição política realçará a actividade do Partido, as assembleias de organização realizadas e a campanha «Mais direitos, Mais futuro – Não à precariedade».

Bragança irá evidenciar, nesta Festa do Avante!, as potencialidades e riquezas de uma região desaproveitada, empobrecida e fustigada pela política de sucessivos governos. Como consequência, sentem-se bem os fenómenos do desemprego crescente, da emigração e do despovoamento de vastas áreas de território, amputadas na sua autonomia e postas ao abandono pelo encerramento de centenas de serviços públicos, pelo desinvestimento na agricultura e a desvalorização dos produtos regionais e autóctones. No domingo, às 16 horas, realiza-se uma homenagem a Leandro Vale, actor, encenador e militante comunista falecido em Abril do ano passado.

Uma vez mais unidas, as organizações de Castelo Branco e Guarda terão patente uma exposição sobre «Lutas Operárias na Serra da Estrela – dos anos 40 aos dias de hoje», que aborda as greves, protestos e manifestações realizadas por milhares de operários durante a ditadura, as transformações e conquistas alcançadas com a Revolução de Abril e as consequências da política de direita e do processo de integração capitalista da União Europeia: a destruição do aparelho produtivo e de postos de trabalho, emigração, êxodo rural, despovoamento.

Cultura e transformação

O espaço de Coimbra tem, este ano, uma decoração alusiva à música e cultura popular e integrará a exposição de vários instrumentos musicais pertencentes à colecção Louzã Henriques. Na exposição política estarão reflectidas a actividade e as propostas do PCP para Coimbra, as suas iniciativas e as lutas dos trabalhadores e populações. Serão também assinalados os 70 anos do IV Congresso do PCP, realizado na Lousã em 1946. A cultura, a gastronomia e os produtos do distrito têm igualmente um lugar destacado.

Por seu lado, Leiria terá reflectiva na decoração e na exposição os 130 anos dos acontecimentos que deram origem ao 1.º de Maio, com pinturas alusivas às várias profissões e excertos de poemas de Maiakovski, José Gomes Ferreira, Ary dos Santos e Vinicius de Moraes.

Lisboa trará para primeiro plano, no seu espaço, a realização do XX Congresso do PCP no final do ano, a importância da luta organizada dos trabalhadores e a luta histórica pela redução da jornada de trabalho e ainda o papel insubstituível do PCP. A campanha de reforço do Partido nas empresas e locais de trabalho, «Mais Mil e Tantos», e a acção em defesa do alargamento do passe social terão igualmente um grande destaque. «O Fado é do Povo» é o mote da decoração política do novo espaço de Fado, onde será destacado um artigo do Avante!, de 1936, onde o Partido denunciava o aproveitamento, controlo e censura do fascismo a esta expressão musical popular.

No espaço da Madeira estará patente uma exposição fotográfica designada «as mãos que fazem o vinho», da autoria de Davide Francisco, que pretende valorizar a vertente laboral da produção do Vinho Madeira, produto regional de excelência de grande importância económica e social na região.

Memória e futuro

O 125.º aniversário da revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 estará em destaque no espaço do Porto. Protagonizada por sargentos e praças e com um expressivo apoio popular, a revolta constituiu um momento marcante de luta contra a monarquia e o Ultimato Inglês, aceite pelo rei D. Carlos I e sua corte, o qual impunha termos humilhantes a Portugal. Em tempo de pressões e chantagens externas, o 31 de Janeiro continua a ser uma referência da luta por um Portugal soberano e democrático.

Em Santarém será dado destaque ao conjunto das mais recentes e significativas acções de luta dos trabalhadores do distrito, bem como à necessidade de maior organização e intervenção do PCP nas empresas e locais de trabalho.

Já em Setúbal será realçada a importância dos 40 anos da Constituição da República Portuguesa e dos valores de Abril que ela consagra, ao mesmo tempo que se evoca igual aniversário das primeiras eleições autárquicas. O XX Congresso do Partido e a luta dos trabalhadores terão igualmente expressão na decoração e na exposição.

Quem passar pelo espaço de Viana do Castelo ficará a conhecer a gastronomia e as tradições do Alto Minho, enquanto que no de Vila Real se procurará lembrar que essa região se destaca não só pelas suas riquezas naturais e variedade gastronómica, mas também pelo aumento do desemprego, da emigração, das assimetrias, do despovoamento e da desertificação, em resultado da política de direita. O barro de Bisalhães, candidato a Património Cultural Imaterial da UNESCO, será a base da decoração.

Viseu destaca a actividade do PCP e a luta a dos trabalhadores e das populações do distrito, nomeadamente nas empresas Fumados do Douro e Empreendimentos Turísticos Montebelo e contra as portagens na A25 e A24. O XX Congresso e as iniciativas de comemoração no do 95.º aniversário do PCP merecerão também realce na exposição.

Pavilhão da Mulher

O Pavilhão da Mulher é um espaço concebido ao longo dos 40 anos da Festa do Avante! com o empenho do colectivo partidário, e em especial das mulheres comunistas, e nele é dado destaque ao valor que o PCP atribui à luta das mulheres contra todas as formas de exploração e opressão e pela sua emancipação social. Este ano será dado particular destaque ao 30.º aniversário da Conferência Nacional do PCP «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril», aos 40 anos da Constituição da República e à intervenção e luta das mulheres no actual quadro político para repor rendimentos e direitos e eliminar discriminações e desigualdades que afectam de forma particular as mulheres das classes trabalhadoras e populares.

Fazer cumprir a igualdade na lei e na vida é não só um imperativo de justiça para com metade da população portuguesa, como é condição necessária a um País de progresso e de justiça para todos e na posse da sua soberania nacional. Um espaço aprazível de encontro e reencontro, de debate, convívio e solidariedade. E, naturalmente, onde é possível ser-se surpreendido por apontamentos culturais e encontrar os tradicionais petiscos do Bar da Igualdade.

Emigração

A organização do Partido nas comunidades marcará, mais uma vez, presença nos 40 anos da Festa do Avante!. Espaço de encontro e reencontro, o Pavilhão da Emigração contará com uma exposição política onde serão tratados os problemas que afectam as comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo, as propostas do Partido, bem como a actividade das diversas organizações. Num contexto marcado, nos últimos anos, por uma nova vaga migratória, fruto da política de submissão aos interesses externos, promotora do desemprego, do empobrecimento e do desinvestimento, o PCP tem vindo a afirmar que sem a inversão desse caminho, a par da não adopção de uma visão estratégica que reforce os laços identitários com o País, não se cuidará da melhor riqueza de um país – o seu povo, os seus trabalhadores.

Imigração

O Pavilhão da Imigração, para além da sua animada presença, afirmará a sua característica de ser um ponto de contacto com as comunidades que escolheram Portugal para viver e trabalhar. Num contexto marcado, no plano europeu, pelo ascenso do racismo e da xenofobia, pelo drama dos refugiados, o Pavilhão da Imigração contará com uma presença política que dará conta do posicionamento do Partido sobre estas matérias, incluindo as alterações que no plano nacional se processaram, afectando de forma particular os trabalhadores imigrantes.

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