Como todas as outras organizações, também a JCP tem agora mais espaço para erguer a Cidade da Juventude. Uma cidade em que embora predominem os jovens (alguns até bastante jovens) não é exclusiva destes. Por lá, o convívio inter-geracional também está presente a todas as horas do dia. Bem como a alegria, o entusiasmo, a camaradagem, o esclarecimento, a reivindicação e a luta.

Nos bares serve-se bebidas e comidas, nos palcos – AGIT e Novos Valores – decorrem concertos, workshops, debates e é necessário acolher os artistas, assegurar as suas refeições, testar o som de vozes e instrumentos; no lounge – uma novidade na Cidade da Juventude – garante-se uma banca para divulgar a JCP, o AGIT e vender materiais, nas cozinhas prepara-se as refeições. Meia hora depois de abertas das portas da Festa, a Cidade já fervilhava e assim continuou, até as portas da Festa de 2016 encerrarem.

Ana e Paulo não vinham à Festa desde 2008. «Trouxe-nos a curiosidade de ver como estava, com mais espaço». E? «Está espectacular!». Estão no espaço dos jovens porque lhes disseram que «aqui há comida vegetariana» e acabaram por ficar porque «é um espaço bem fixe. Muito animado e com um ambiente fantástico». Daqui a quantos anos pensam regressar à Festa!? «Para o ano estamos cá outra vez. Podes escrever», sublinham com sorrisos inteiros os jovens lisboetas, com idades a rondarem os 30 anos.

É o «ambiente divertido» que Bruna (13 anos) e Raquel (15 anos) destacam. Vieram de Carcavelos pela primeira vez à Festa. O Palco 25 de Abril e a roda gigante cativaram-nas, bem como o Palco Novos Valores e a Cidade da Juventude. «Já fui a alguns festivais, mas este é diferente. Até já fiz amigos», diz a bem jovem Bruna.

O lema da campanha nacional de reforço da organização dos jovens comunistas – «Mais JCP, Mais Luta: Avante com Abril» – foi o lema da Cidade da Juventude de 2016. Mariana, 17 anos, aderiu à JCP este ano, no âmbito da campanha. «Desde que me lembro que venho à Festa. Venho com os meus pais e ajudo nas pinturas, mas este ano vim sempre trabalhar para a Cidade da Juventude, nas jornadas de trabalho», conta a jovem sadina, estudante do Ensino Secundário, condição que a fez tornar-se militante. «Os meus pais sempre foram do Partido, mas não foi por isso que me tornei militante. Foi porque a JCP é a única juventude partidária que realmente luta por um ensino melhor, gratuito e de qualidade», explica.

Mariana foi uma das centenas de jovens, militantes e amigos da JCP que ajudaram a erguer a Cidade da Juventude e asseguraram o seu funcionamento. «Este ano, com o acampamento internacional, as exigências foram muitas, mas a Festa correu muito bem, na Cidade estiveram sempre muitos jovens, os debates foram muito participados e também é de assinalar a qualidade das bandas que passaram pelo Palco Novos Valores», afirma Duarte Alves, membro do Secretariado da Direcção Nacional da JCP.

Para além de assegurar toda a logística e funcionamento quer da Cidade da Juventude quer do acampamento internacional, a organização dos jovens comunistas participou em debates noutros espaços da Festa, esteve em força no Comício de Encerramento e desenvolveu contactos com visitantes, dos quais resultaram mais de 200 jovens disponíveis para dar o seu contributo à JCP e à luta pelo direito ao sonho, à esperança e ao futuro.

Em jornal «Avante!»

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