Sexta-feira, dia 4 às 21h30 no Palco 25 de Abril
A Festa vai ao cinema
Quinta, 6 de Agosto de 2015
O espectacular concerto de abertura da Festa deste ano terá como repertório excertos célebres das bandas sonoras de filmes representativos de várias cinematografias mundiais.
Em destaque, estarão peças musicais pertencentes ao repertório de grandes compositores da História da Música, que o Cinema utilizou, e ainda partituras muito conhecidas escritas por compositores que a História do Cinema já consagrou.
Em palco estarão a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, sob a direcção de Vasco Pearce de Azevedo e o pianista António Rosado.
Com olhos de ouvir!
O Cinema pertence, claramente, às formas de Arte cujos vários componentes e dispositivos, criativos e técnicos, agem dialeticamente entre si, da forma mais intensa, ágil e surpreendente.
Não por acaso, o Cinema encontra-se também no número daquelas artes que, de modo significante e privilegiado, mais intervêm e influem sobre a produção, a representação e o movimento das ideias, fazendo-o em graus de rofundidade que vão do puro entretenimento ao ensaio mais elaborado.
Vem a propósito interrogarmo-nos, entretanto, como será que funcionam, neste fascinante e ambivalente processo de fruição e percepção, no que concerne à sua importância e peso relativos, dois dos nossos sentidos essenciais – a visão e o ouvido ou, se quisermos, o ouvido e a visão?
No tradicional Concerto que já se tornou um hábito realizar no Palco 25 de Abril na noite de abertura da Festa do «Avante!», a nossa proposta este ano é a de que prestemos particularatenção à Música no (ou para) o Cinema.
Quer dizer: à Música dos grandes mestres de todos os tempos que o Cinema aproveitou para jogar com as estórias, as imagens, os bonecos, os diálogos, os ruídos ou mesmo outras músicas; ou à Música que os grandes compositores de bandas sonoras inventaram para fazer contrastar emoções, sopesar reflexões ou simplesmente ser ouvida nos próprios locais onde se desenrola a paixão, a intriga ou a luta.
Que o mesmo é dizer: propomos que tentemos «escutar» aquilo que porventura não «vemos» quando vamos ao Cinema.
Com olhos de ouvir!