Um dia intenso ....

O segundo dia da Festa do Avante! - e o mais longo dos três - ficou marcado, antes de tudo, pela imensa massa de gente que ali esteve a usufruir dos concertos nos vários palcos, da gastronomia, do convívio com os amigos, dos debates e exposições políticas. Ao mesmo tempo que a Deolinda enchia por completo o recinto do Palco 25 de Abril, à hora de jantar, havia também milhares no Auditório 1.º de Maio e nos restantes palcos, na Cidade Internacional e nas organizações regionais, na Cidade da Juventude e no Pavilhão Central, no lago e nas diversas colinas que compõem a Quinta da Atalaia.
Depois de uma manhã serena, aproveitada por muitos para recompor forças e energias gastas na intensa noite anterior, e para visitar alguns espaços que se tornam, com o avançar do dia, mais concorridos, com a tarde vieram os primeiros espectáculos e debates e, com eles, as primeiras multidões. Ao meio-dia, na Cidade da Juventude, debateu-se a paz e a guerra, a propósito da cimeira da NATO que se realiza no nosso País em Novembro. E aí falou-se dos interesses por detrás das guerras, da rapina de recursos e dos atropelos aos direitos dos povos a decidir do seu destino. E de luta, de resistência, que se expressarão no nosso país no dia 20 de Novembro quando muitos e muitos milhares de portugueses disserem nas ruas de Lisboa Não à NATO e aos seus objectivos.
Duas horas mais tarde, quando a mesma JCP debatia Ambiente e Qualidade de Vida, já no Pavilhão Central se falava sobre O Partido com Paredes de Vidro, obra fundamental de Álvaro Cunhal, mas também das privatizações e da necessidade de serem combatidas e dos direitos dos trabalhadores das Tecnologias de Informação e Comunicação. E no palco 25 de Abril já os US & THEM brindavam o público com o seu som enérgico e os Diabo na Cruz com a sua perfeita fusão entre o popular e o contemporâneo.
Pela noite dentro, a Festa cresceu: nos vários palcos e onde quer que houvesse gente, nos vários espaços da Festa, nas ruas e nas mesas dos restaurantes. Porque o futuro que defendemos - e que projectamos nestes três dias - far-se-à também de alegria, de felicidade, de sonho.

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