Aaron Copland (1900-1990)
Aaron Copland começou por estudar com Goldmark em Nova Iorque, mas depois esteve um longo período em Paris, trabalhando com a grande N.Boulanger que lhe deu a conhecer a música de Stravinsky, causando-lhe profundo efeito. Mas ao regressar aos EUA, seu país natal, Copland vai assumir a sua independência e maturidade artística tornando-se um compositor genuinamente americano. Mais ainda: ele vai ser um dos grandes protagonistas da criação e consolidação de uma música erudita estado-unidense. Os seus celebrados bailados de cowboys (Billy the Kid, Rodeo) e o recurso aos ritmos do jazz são disso nítido exemplo. O seu apego à realidade americana vê-se também em obras como Lincoln Portrait – uma vez mais, o tratamento musical de um tema americano. Quando, após a estada em Paris, regressa ao seu país, em 1924, assume papel central na organização dos compositores americanos, tornando-se também um dos mais destacados professores de composição na New School for Social Research.
Para além de escritor de música, Copland foi maestro, pianista, musicólogo e conferencista. Um dos seus livros é um clássico do pensamento da arte dos sons: intitula-se Música e Imaginação e foi publicado em 1952.
A banda de rock britânica Emerson, Lake and Palmer foi seduzida pela música de Copland, integrando no seu reportório um imaginativo “cover” da Fanfarra para o Homem Comum.
Rodeo
Hoedown
Bailado em 1 acto e vários quadros composto em 1942 e estreado nesse mesmo ano em Nova Iorque. É bem demonstrativo do americanismo de Copland, desde logo pela escolha do tema: o rodeo, o desporto criado pelos cowboys no Texas e no norte do México na segunda metade do século XIX, actividade lúdica, realizada durante os convívios nas “cowtowns”, prática tipicamente americana e que, no essencial, sempre ficou confinada à sua região de origem.
A partitura de Copland, esta como outras de sua autoria, é a caracterização musical de um tema genuinamente americano. Hoedown é um tipo de dança folclórica americana em que Copland se inspira para a composição de uma das partes do seu bailado. Esta partitura é a mais célebre hoedown no domínio da música erudita. Tornou-se muito popular também por ter sido utilizada na publicidade televisiva nos EUA.
Suite é uma das mais importantes formas instrumentais da música barroca, sendo formada por um conjunto de andamentos com o carácter de dança e mantendo a mesma tonalidade. Bach e Händel foram mestres neste tipo de composição. Mas o Romantismo reutilizou esta forma transformando-a num tipo de “música programática”, ou “música de programa” (program music, em oposição a absolute music), ou seja, peças em que a música é inspirada por uma ideia não musical (um programa) que geralmente está indicada no título ou em explicações fornecidas pelo autor. Tal é o caso vertente.
Mas o termo “suite” tem aqui também o significado de obra que constitui a redução para orquestra de um bailado.
A conhecida suite de Ravel Daphnis et Chloé é outro exemplo. Mesmo quando não há a componente cénica da dança, como é aqui o caso, a música não deixa de ter uma forte dimensão coreográfica. Tenha-se em atenção a importante intervenção do xilofone e de outros instrumentos de percussão em contraponto com as cordas.
Aaron Copland começou por estudar com Goldmark em Nova Iorque, mas depois esteve um longo período em Paris, trabalhando com a grande N.Boulanger que lhe deu a conhecer a música de Stravinsky, causando-lhe profundo efeito. Mas ao regressar aos EUA, seu país natal, Copland vai assumir a sua independência e maturidade artística tornando-se um compositor genuinamente americano. Mais ainda: ele vai ser um dos grandes protagonistas da criação e consolidação de uma música erudita estado-unidense. Os seus celebrados bailados de cowboys (Billy the Kid, Rodeo) e o recurso aos ritmos do jazz são disso nítido exemplo. O seu apego à realidade americana vê-se também em obras como Lincoln Portrait – uma vez mais, o tratamento musical de um tema americano. Quando, após a estada em Paris, regressa ao seu país, em 1924, assume papel central na organização dos compositores americanos, tornando-se também um dos mais destacados professores de composição na New School for Social Research.
Para além de escritor de música, Copland foi maestro, pianista, musicólogo e conferencista. Um dos seus livros é um clássico do pensamento da arte dos sons: intitula-se Música e Imaginação e foi publicado em 1952.
A banda de rock britânica Emerson, Lake and Palmer foi seduzida pela música de Copland, integrando no seu reportório um imaginativo “cover” da Fanfarra para o Homem Comum.
Rodeo
Hoedown
Bailado em 1 acto e vários quadros composto em 1942 e estreado nesse mesmo ano em Nova Iorque. É bem demonstrativo do americanismo de Copland, desde logo pela escolha do tema: o rodeo, o desporto criado pelos cowboys no Texas e no norte do México na segunda metade do século XIX, actividade lúdica, realizada durante os convívios nas “cowtowns”, prática tipicamente americana e que, no essencial, sempre ficou confinada à sua região de origem.
A partitura de Copland, esta como outras de sua autoria, é a caracterização musical de um tema genuinamente americano. Hoedown é um tipo de dança folclórica americana em que Copland se inspira para a composição de uma das partes do seu bailado. Esta partitura é a mais célebre hoedown no domínio da música erudita. Tornou-se muito popular também por ter sido utilizada na publicidade televisiva nos EUA.
Suite é uma das mais importantes formas instrumentais da música barroca, sendo formada por um conjunto de andamentos com o carácter de dança e mantendo a mesma tonalidade. Bach e Händel foram mestres neste tipo de composição. Mas o Romantismo reutilizou esta forma transformando-a num tipo de “música programática”, ou “música de programa” (program music, em oposição a absolute music), ou seja, peças em que a música é inspirada por uma ideia não musical (um programa) que geralmente está indicada no título ou em explicações fornecidas pelo autor. Tal é o caso vertente.
Mas o termo “suite” tem aqui também o significado de obra que constitui a redução para orquestra de um bailado.
A conhecida suite de Ravel Daphnis et Chloé é outro exemplo. Mesmo quando não há a componente cénica da dança, como é aqui o caso, a música não deixa de ter uma forte dimensão coreográfica. Tenha-se em atenção a importante intervenção do xilofone e de outros instrumentos de percussão em contraponto com as cordas.