Ralph Vaughan Williams (1872-1958)
Ralph Vaughan Williams é um dos mais destacados compositores ingleses do século XX. Depois de ter efectuado a sua formação em Inglaterra, nomeadamente na Univ. de Cambridge, recebeu lições de Bruch em Berlim (1897) e de Ravel em Paris (1908). Uma experiência pedagógica e intelectual que se revelou absolutamente decisiva. Embora já tivesse obtido sucesso no seu país com algumas canções, é na verdade só depois do contacto com essas duas grandes figuras que Williams se lança na criação de obras sinfónicas de grande dimensão, adquirindo uma autoconfiança que antes não possuía. Mais tarde dedicou-se ao estudo da música antiga de origem inglesa, incursão esta que concorrerá para lhe conferir a habilidade de construir novas sonoridades inspiradas nos fenómenos naturais, traduções musicais de objectos que na opinião de alguns especialistas o colocam no seio da poderosa tradição visionária inglesa, estabelecendo afinidades com a literatura.
Na sua vasta produção distinguem-se as suas 9 sinfonias, com títulos bem demonstrativos da sua focalização no mundo natural: A Sea Symphony é o nome da primeira, Sinfonia Antárctica é a sétima. A exploração do mundo contemplativo e visionário aparece tanto nas obras sinfónicas, como nas partituras operísticas, sendo The Pilgrim’s Progress porventura o melhor exemplo.
Fantasia sobre «Greensleeves»
Vaughan Williams tinha uma paixão pelas canções populares inglesas, tendo conseguido reunir ao longo da vida mais de 800. Espinhoso labor uma vez que muitas dessas canções não foram escritas e chegaram-nos por via da memória popular, transportadas de geração em geração por cantadores espontâneos e anónimos. O seu fascínio por essas melodias era tal que por vezes integrou-as nas suas próprias composições. Disso mesmo é exemplo esta Fantasia.
A canção Greensleeves que lhe serve de base data do século XVI, tendo sido inclusivamente utilizada por Shakespeare no seu teatro.
Primeiramente, Williams utilizou esta canção na sua ópera Sir John in Love. Só mais tarde compôs esta versão de concerto, sem componente vocal, mas a que adicionou o tema de uma outra canção popular também utilizada na ópera (Lovely Joan), mas não referida no título da Fantasia sinfónica.
Fantasia é o nome dado a um tipo de peça instrumental em que a imaginação criativa do autor se sobrepõe ou tem prioridade sobre as formas convencionais e sobre as regras de estilo de uma tradição composicional.
A obra inicia-se com a intervenção de apenas dois instrumentos em diálogo e em pianíssimo que recomenda o máximo silêncio na audição.
Ralph Vaughan Williams é um dos mais destacados compositores ingleses do século XX. Depois de ter efectuado a sua formação em Inglaterra, nomeadamente na Univ. de Cambridge, recebeu lições de Bruch em Berlim (1897) e de Ravel em Paris (1908). Uma experiência pedagógica e intelectual que se revelou absolutamente decisiva. Embora já tivesse obtido sucesso no seu país com algumas canções, é na verdade só depois do contacto com essas duas grandes figuras que Williams se lança na criação de obras sinfónicas de grande dimensão, adquirindo uma autoconfiança que antes não possuía. Mais tarde dedicou-se ao estudo da música antiga de origem inglesa, incursão esta que concorrerá para lhe conferir a habilidade de construir novas sonoridades inspiradas nos fenómenos naturais, traduções musicais de objectos que na opinião de alguns especialistas o colocam no seio da poderosa tradição visionária inglesa, estabelecendo afinidades com a literatura.
Na sua vasta produção distinguem-se as suas 9 sinfonias, com títulos bem demonstrativos da sua focalização no mundo natural: A Sea Symphony é o nome da primeira, Sinfonia Antárctica é a sétima. A exploração do mundo contemplativo e visionário aparece tanto nas obras sinfónicas, como nas partituras operísticas, sendo The Pilgrim’s Progress porventura o melhor exemplo.
Fantasia sobre «Greensleeves»
Vaughan Williams tinha uma paixão pelas canções populares inglesas, tendo conseguido reunir ao longo da vida mais de 800. Espinhoso labor uma vez que muitas dessas canções não foram escritas e chegaram-nos por via da memória popular, transportadas de geração em geração por cantadores espontâneos e anónimos. O seu fascínio por essas melodias era tal que por vezes integrou-as nas suas próprias composições. Disso mesmo é exemplo esta Fantasia.
A canção Greensleeves que lhe serve de base data do século XVI, tendo sido inclusivamente utilizada por Shakespeare no seu teatro.
Primeiramente, Williams utilizou esta canção na sua ópera Sir John in Love. Só mais tarde compôs esta versão de concerto, sem componente vocal, mas a que adicionou o tema de uma outra canção popular também utilizada na ópera (Lovely Joan), mas não referida no título da Fantasia sinfónica.
Fantasia é o nome dado a um tipo de peça instrumental em que a imaginação criativa do autor se sobrepõe ou tem prioridade sobre as formas convencionais e sobre as regras de estilo de uma tradição composicional.
A obra inicia-se com a intervenção de apenas dois instrumentos em diálogo e em pianíssimo que recomenda o máximo silêncio na audição.