Os primeiros acordes da Carvalhesa ouviram-se. O comício do PCP da Festa do Avante! havia terminado, dando lugar aos espectáculos que, no Palco 25 de Abril, encerram três dias de uma iniciativa ímpar. Mas a multidão que ali esteve não arredou pé.
Vindos do lago, rampa acima, grupos de jovens em turbilhão corriam, chamavam uns pelos outros, puxavam-se. Já iam aos pulos e logo se perdiam na imensa massa humana, diluindo-se no mar de bandeiras vermelhas que se agitavam.
Todos dançavam ao som daquela melodia reconhecível. A Carvalhesa, cujos 25 anos se assinalaram nesta edição da Festa do Avante!, é uma força dentro da força que é a Festa, particularmente entre os jovens.
Muitos não eram ainda nascidos quando aquele «tu tu ru ru tu tu» se resgatou pela primeira vez para o coração do povo. Todos sabem do que se trata e dão largas à alegria e à energia com que se sentem contagiados.
Energia e alegria que a juventude traz à Festa do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores. E não só no convívio, mas nas milhares de horas de trabalho voluntário que permitem o seu funcionamento.
Vigor que vemos nos três dias da Festa que a juventude faz sua transformar-se em fraternidade, resistência, combatividade, vontade de fazer e organizar-se para participar na força transformadora que é o PCP.