Celebrar a 20ª Bienal de Artes Plásticas
A Festa do Avante! assinala este ano a 20.ª edição da sua Bienal de Artes Plásticas, a mais antiga do País, e que desde a primeira edição vem inovando nas várias áreas em que foi pioneira.
É esta realidade que tem permitido aos milhares de pessoas que todos os anos acorrem à Festa confrontarem-se com obras de arte que, para muitas, eram distantes ou mesmo quase desconhecidas.
Recordamos o júri da primeira Bienal, em 1977, constituído por João Hogan, Jorge Vieira, Rui Mário Gonçalves e Virgílio Domingues e também os muitos artistas que participaram ou colaboraram neste espaço das artes da Festa ao longo das suas dezanove edições, nomeadamente reconhecidos artistas como Abel Manta, Álvaro Perdigão, Angelo de Sousa, Armando Alves, Bartolomeu Cid dos Santos, Carlos Botelho, Cipriano Dourado, Gil e Hilário Teixeira Lopes, Henrique Silva, Ilda Reis, Isabel Laginhas, Isabel Sabino, José Aurélio, Jorge Pinheiro, Jorge Vieira, José Rodrigues, Malangatana, Maria Keil, Óscar Niemeyer, Pedro Chorão, Querubim Lapa, Rogério Amaral, Rogério Ribeiro, Sá Nogueira, Vítor Manaça e ainda Ana Cassiano, Carlos VidalIsabel e Rogério Cabral, Jaime Silva, João Vasco Paiva, Mami Higuchi, Manuela Bronze, Margarida Botelho, Maria Gabriel, Nuno Pedrosa, Pedro Fazenda, Pedro Pousada, Sérgio Vicente e Virgínia Fróis, entre muitos outros. Lembramos também realizações como a Exposição Internacional de Fotografia, a Exposição Internacional de Gravura e a Exposição Internacional de Artes Plásticas, que permitiram dar a conhecer trabalhos de artistas de outros países.
Este ano, estiveram a concurso para a 20.ª Bienal mais de 220 obras, algumas do estrangeiro e muitas de jovens artistas, das quais o júri selecionou cerca de 80 que estarão expostas durante os três dias da Festa.
As palavras não dizem tudo de José Araújo
A par da Bienal, o Espaço das Artes da Festa do Avante! terá uma exposição de colagem e desenho intitulada «As palavras não dizem tudo», da autoria de José Araújo (responsável gráfico do jornal Avante! desde a sua primeira edição legal, publicada a 17 de Maio de 1974, até 2006), que nos revela a intensa e profunda reflexão que desenvolveu sobre as suas preocupações acerca do mundo e da arte.