Foi assim
A música de dança, electrónica, techno, experimental techno, club, house, em suma, a música de DJ pode ser politicamente empenhada? Claro que sim, e Violet tem uma carreira que o comprova. Na sua cidade natal de Lisboa, Violet é co-fundadora da rádio online Rádio Quântica e é também residente na mina – uma rave queer em espaços improváveis. Estas contribuições transparecem no trabalho de Violet enquanto artista, ao expressar de forma refletida a história política da música de dança, através da sua voz e da sua música. Enquanto produtora, editou na One Eyed Jacks e na Love On The Rocks, editou independentemente colaborações com artistas como ELLES, DEBONAIR e Nightwave para o Dia Internacional da Mulher, fez remixes para a Cómeme, Teto Preto, Kim Ann Foxman, Josh Caffe e criou a sua própria editora – Naive. O seu EP “Togetherness”, que inaugurou a editora, foi considerado uma das faixas da década pela Resident Advisor. Em 2019 lançou o seu álbum de estreia pela editora Dark Entries, a que se seguiu outro, já este ano, acompanhado pelo seu sexto EP a solo. Foi a única artista portuguesa a assinar um manifesto de 600 artistas mundiais – onde estavam Roger Waters e os Rage Against the Machine – que em Maio passado se solidarizaram com a Palestina.