Foi assim
Medidas Sanitárias
Conhece aquiAsas d’Areia, pelo Teatro do Mar, uma fusão do vídeo documental e conceptual com o circo, nomeadamente a arte do equilíbrio (arame e corda bamba), com a interpretação de Douglas Melo e Kátia Rocha, conceito e direcção de Julieta Aurora Santos.
O espectáculo «debruça-se sobre a temática dos povos migratórios, contextualizando-se, de forma mais particular e numa perspectiva humanitária, nos que estão retidos em campos de refugiados. O foco do trabalho, que foge da mera ilustração do tema, ou de uma abordagem de análise política sobre o mesmo, visa essencialmente uma investigação sobre a natureza, comportamento e relações humanas, quando subordinados a condições extremas, num lugar inóspito, vazio de esperança e/ou expectativas de futuro. Dois personagens buscam um lugar vital, essencial, que lhes preserve a dignidade e a capacidade de resistir.»
Sem o que se possa chamar de ponto de partida ou de chegada, vivendo entre ambos, numa permanente suspensão, e num não-lugar, o trabalho performativo em «Asas d'Areia» deriva sobre as questões da espera, insegurança, medo, expectativa.
«Fragilidade, busca de equilíbrio, cansaço, desânimo e revolta. A preservação ou a morte do sonho, como alimento ou escassez, do garante da sobrevivência. O corpo, o movimento, e o trabalho de equilibrismo, como reflexo dos estados emocionais, a sua transformação e metamorfose, reflete uma energia e poética de cena na qual todos se poderão rever, pela humanidade que contém», refere a sinopse.