Ciganos d’Ouro
Ciganos d’Ouro
Os Ciganos D’Ouro surgem em 1994 por iniciativa dos Irmãos José Pato e Sérgio Silva com o álbum “Gitanita Vem”, lançando no ano seguinte “Oh Mi Amor”. Inicialmente este grupo actuava quase só exclusivamente em eventos culturais no seio da comunidade cigana portuguesa.
A partir de 1996, ano de lançamento de “La Casa”, a banda que entretanto alarga a sua formação, passando a contar com a colaboração regulados guitarristas Pedro Jóia e Francisco Montoya, passa a divulgar o seu trabalho em festivais internacionais de música cigana em países como a Bélgica, França, Espanha e Holanda, Macau. Nestes já 17 anos de produção regular, a banda - que tem como matriz principal o Flamenco e o Cante Hondo - tem trabalhado diferentes sonoridades fruto da sua colaboração com músicos de outros países sobretudo provenientes da América Latina. O resultado desta fusão tem vindo a diversificar cada vez mais o som dos Ciganos D’Ouro.
Esta banda conta já com sete álbuns – “Gitanita Vem”, “Oh Mi Amor”, “Libertad”, “Maktoub”, “Sal”, “Guadiana” e o mais recento “Fado Flamenco” - lançados no nosso país, tendo continuado a representar Portugal e a comunidade cigana portuguesa em reputados encontros internacionais de Música Cigana e Música do Mundo – Tilburg, Ostende, Virgen de los Remédios, Khamoro, entre outros - obtendo grande êxito junto do público e óptima recepção crítica.
“Fado Flamenco" é o sétimo álbum dos Ciganos D’Ouro, e dos onze temas do alinhamento de "Fado Flamenco", seis surgem como uma fusão entre o Fado e o Flamenco, colorindo de uma forma diferente fados como "Lisboa Antiga", "Ai Maria", "Gente da minha terra", "Oiça lá ó Sr. Vinho" de Amália Rodrigues e também "Fado Português”"de José Régio, interpretados como um hino à alegria, naquilo que é a perspectiva dos Ciganos D’Ouro relativamente ao Fado.
Em "Fado Flamenco", os Ciganos D’Ouro apresentam "Bandoleiro", um tema celebrizado por Ney Matogrosso, mas aqui vestido com novas roupas. O mesmo acontece com "Verde viento, Verde rama", um poema de Frederico Garcia Lorca que, à semelhança de álbuns anteriores, é um autor de referência do grupo.Neste trabalho, o trio apresenta novas versões interpretadas ao estilo Ciganos D’Ouro mas também temas da autoria do colectivo, exemplo de "El poeta", escritos por Sérgio Silva e onde impera a matriz flamenca, culminando com um fandango de Gabriel Moreno.Com este novo trabalho, os Ciganos D’Ouro querem mostrar a música cigana na sua essência e ligada ao flamenco sem no entanto deixarem de cantar o Fado numa perspectiva diferente mas numa evidente homenagem à música portuguesa.